sábado, 15 de abril de 2017

Meu projeto de inverno: para doar

Estou com um novo vício: tricotar gorros. Depois que redescobri o tricô e ganhei um monte de novelos de lã da sogra (contei aqui, lembram?), não parei mais. É muito bom ficar no sofá, junto do Maridôncio, curtindo maratonas de séries. Além disso, como já disse aqui, o gorro não esquenta o colo, então fica bem viável tricotar no Rio de Janeiro, hehehe. E mais: é rápido de fazer e portátil, consigo carregar na bolsa pra tricotar em qualquer lugar!
enquanto faço hora pro compromisso, junto com um café.
Já teve até gorro querendo se tornar "capa de vaso". Este virou gorro mesmo, estava predestinado. Mas teve um gostinho do improviso...

Eu fico na ansiedade de terminar logo, de testar novos pontos, novos jeitos de fazer, de ver como vai ficar. Provo na minha cabeça o tempo todo e Maridôncio fica rindo de mim. 

- Mas pra que você está fazendo tanto gorro? 
Ah, vocês não sabem? É pro meu projeto de inverno: vou doar para senhores e senhoras que já viveram muitas aventuras e hoje estão em asilos fluminenses. Ainda não sei para qual instituição será ou como farei isso. Por enquanto, o foco é produzir gorros para aquecer as cabecinhas com tantas memórias e experiências de vida. 
os gorros prontos até agora.
E bora tricotar, porque o cesto ainda tá cheio de novelos! (^_^)


terça-feira, 4 de abril de 2017

Trogloditas


Como disse na postagem anterior, tivemos uma viagem no mês passado, para usar os gorros tricotados. A pilota-da-máquina-de-costura aqui foi passear por terras argentinas e chilenas, passando por paisagens escandalosamente incríveis. Cansamos o corpo e descansamos a mente. (^_^)
Como fomos para território vizinho, hablantes de um idioma parecido com o nosso, achei que seria tranquila a comunicação. Hahaha, ledo engano!!! Mas foi bem divertido!
Estávamos em um grupo de mais de dez pessoas (quase uma excursão!) e nos descobrimos "trogloditas". Brincamos com esta palavra a viagem toda, pois nos entitulamos uma nova vertente de poliglotas, com um diferencial em relação aos poliglotas comuns! Hahahaha.
Posso dizer por mim que gastei o meu portunhol macarrônico lindamente! E tivemos histórias engraçadas, que, claro, vou tentar contar aqui pra vocês! hehe.
    
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Num restaurante argentino, não turístico, naquela confusão de fechamento de conta do almoço de um grupão em outro idioma, alguém grita pro garçom:
- Sorry, jô manjei fran-go! (no melhor sotaque ítalo-espanish)
Todos pararam de falar. Se entreolharam e olharam para a dona da voz, que já estava às gargalhadas.

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Durante um passeio nas Ruínas de San Ignácio Míni, debaixo de um sol de meio-dia, à beira de uma desidratação (drama queen mode on!), o guia para à sombra de uma árvore, para explicar sobre o lugar. Uma das visitantes, ao se acomodar:
- Ah!!! Estou moryndo de tanto calor!

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Ao pedir um copo a mais, para dividir a bebida:
- Por favore, un copitcho!

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Na hora do lanche. 
- Querem um polenguito?
***
- Vou acabar pedindo uma cueca-cuela.


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Minha mãe, no jantar, vendo que todos pediram cerveja, levantou-se e foi até o garçom, muito decidida:
- Eu-que-ro-su-co. SU-CO!
E, diante da expressão atônita do hómi, sem lhe dar tempo para reação, começou a gesticular, apontando para si e simulando a ação de se servir um copo e beber. 
- SU-CO!
Foi quando alguém da mesa percebeu a cena e, entre risos, saiu um "rugo!!". Assim, el hombre acompanhou la mamy até a geladeira e ela voltou toda faceira com a lata de su-co na mão.

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Brincadeiras à parte, a Gettel deu a dica valiosa (http://gheteltriptips.blogspot.com.br/2017/02/dica-de-hoje-todays-tip.html) de que, para qualquer lugar que se vá, é sempre bom e educado aprender as "palavras mágicas", que abrem qualquer porta. 
Eu complemento dizendo que 'por favor' e 'obrigado', sempre com um sorriso no rosto (fundamental!!), abrem portas e janelas; e fazem com que a gente seja atendido e entendido, mesmo não falando o idioma local. Testo esta teoria sempre nas viagens e, até agora, nunca falhou!  (^_^)